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QUINTA-FEIRA, 17 DE MARÇO DE 2011 | 14:27
 
O Brasil investe mais
 
As empresas brasileiras vão desembolsar R$ 3,3 trilhões em projetos produtivos até 2014. Essa montanha de dinheiro será aplicada em novas fábricas, obras de infraestrutura, transporte eusinas energéticas, entre outros. saiba o que vem por aí.

O ano de 2010 deu às empresas brasileiras o gostinho do que pode ser um ciclo vigoroso e continuado de expansão da economia pelos próximos anos. O crescimento de 7,5% do PIB registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi suficiente para que as companhias ganhassem confiança na capacidade do País de superar crises e programassem investimentos ambiciosos.

A despeito de uma redução do ritmo de crescimento neste ano, nunca se investiu tanto no setor produtivo no Brasil como agora, ao menos em termos absolutos. Recursos anuais da ordem de R$ 825 bilhões vão movimentar a economia até 2014, como mostra uma projeção divulgada no final de fevereiro pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Um levantamento da agência de risco Austin Ratings mostra que o Brasil superou o investimento de meio trilhão de reais ao ano, a valores presentes, apenas quatro vezes na sua história: em 1989, 2006, 2007 e 2008 - três anos atrás o País investiu o equivalente a R$ 587 bilhões, o máximo registrado até hoje.

Consolidados, os investimentos previstos pelo banco de fomento nos próximos quatro anos resultam numa dinheirama de R$ 3,3 trilhões, que será empregada na ampliação de fábricas, expansão de unidades de negócios, extensão de rodovias, construção de infraestrutura logística e de transportes, portos, estádios e usinas hidrelétricas e eólicas, entre outros.

Essa montanha de dinheiro representa mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2009, e um pouco menos do que o PIB de 2010, que fechou em R$ 3,67 trilhões. É como se tudo o que o País produziu de riquezas num único ano fosse transformado em investimento produtivo.

Os exemplos práticos mostram que não se trata de otimismo "oficial" de um banco público, nem tampouco mera manutenção de operações existentes. É mais dinheiro novo para projetos de expansão (leia destaques). Senão vejamos.

A estatal Petrobras, maior empresa brasileira, e a Vale, a número 1 do setor privado, vão investir, respectivamente, R$ 93 bilhões e US$ 24 bilhões neste ano. A Braskem, o braço petroquímico do grupo baiano Odebrecht, colocará R$ 1,6 bilhão na cadeia petroquímica até dezembro - especialmente para a produção de plásticos verdes, derivados da cana-de-açúcar.

A Duratex, que concentra os negócios industriais do grupo Itaú, investirá cerca de R$ 1,2 bilhão até o ano que vem. Outras empresas já traçam planos para um cenário um pouco mais longo. A gaúcha Gerdau, por exemplo, anunciou que investirá R$ 10,8 bilhões até 2015, dos quais 75% destinados a suas operações no Brasil.

A Galvão Energia gastará em torno de R$ 2 bilhões em seu projeto de implantação de usinas de energia eólica num prazo de cinco a sete anos. Ao mesmo tempo, a indústria de cimento começa a erguer novas plantas para alcançar a produção de 107 milhões de toneladas em 2015, 70% a mais do que a capacidade atual. Para se ter uma ideia, uma unidade fabril para produzir um milhão de toneladas de cimento pode consumir até US$ 250 milhões.

A avaliação de especialistas é que tudo só tende a ficar melhor. "A tendência daqui em diante é de que o volume de investimentos se acentue", diz o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

O segmento de máquinas e equipamentos, por exemplo, aproveita o bom momento e a taxa de câmbio favorável (em torno de R$ 1,65) para se modernizar e atender ao setor produtivo. Serão R$ 4,8 bilhões desembolsados em 2011, quase 20% a mais do que no ano passado.

Esses números vistosos representam uma pá de cal sobre uma certa visão catastrófica, que vem grassando em certos setores da academia e mesmo em parcelas do empresariado nos últimos anos, traduzida na tese da desindustrialização do País, em decorrência do crescimento recente mais acentuado das importações.

Certamente não será para se instalar em Honduras ou no Paraguai que os empresários brasileiros se dispõem a aumentar em quase 60% o volume de investimentos previstos para o setor industrial entre 2011 e 2014, de acordo com o levantamento do BNDES. Nesse período, prevê o banco, os desembolsos na indústria brasileira devem chegar a R$ 614 bilhões, contra R$ 387 bilhões nos quatro anos anteriores.

"Não nego que haja risco quando aumentam as importações, mas, diante desses investimentos, a desindustrialização não tem a menor possibilidade de ocorrer", afirma o professor Fernando Sarti, do Núcleo de Economia Industrial e de Tecnologia da Universidade de Campinas (Unicamp).

Para Sarti, a retomada de investimentos depois da crise de 2009 guardou as mesmas características do período que a antecedeu. "Mais importante que a quantidade de dinheiro em jogo é o fato de a expansão da economia vir novamente sustentada em cima do investimento", diz Sarti.

A formação bruta de capital fixo, que é o conceito formal para a taxa de investimentos - engloba tanto projetos de expansão das empresas quanto a compra de máquinas e equipamentos -, cresceu 21,8% no ano passado, segundo o IBGE. O consumo das famílias, por outro lado, aumentou 7% sobre 2009.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que em 2011 a formação bruta de capital crescerá outros 15%. Até mesmo as projeções mais pessimistas mostram um cenário favorável aos negócios neste ano, afirma Agostini. "Expansão de 4% do PIB ainda é muito positivo, pois crescerá em cima de uma taxa muito robusta", afirma. A expectativa do mercado financeiro é de uma expansão de 4,3% para o PIB este ano, mas o governo acredita em 5%.

Positivo em termos gerais, esse cenário nada tem de idílico, porém. Há obstáculos no caminho a serem ultrapassados. Embora a economia real mostre um panorama otimista, os dados do IBGE revelam também que, em termos relativos, o Brasil ainda não conseguiu quebrar a barreira psicológica dos 20% de taxa de investimento em relação ao PIB.

Em 2010, a proporção ficou em 18,4%. O último ano em que o País superou a marca de 20% foi em 1994. Antes disso, somente entre 1986 e 1990, nos anos de ouro do milagre econômico (1971 a 1982), durante o período da ditadura militar, e em 1913. China e Índia, por exemplo, investem cerca de 40% do PIB, e a Coreia do Sul, 30%.

O que favorece o cenário nacional neste momento, avaliam os especialistas, é que as oportunidades superam os riscos. "Do ponto de vista das oportunidades não há por que esse ciclo de investimentos recuar", diz o professor Sarti, da Unicamp.

Ele cita, como exemplos a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, além, claro, dos investimentos na exploração do pré-sal. Na opinião de Sarti, as notícias são boas, mesmo com todos os riscos associados. "Por mais que aeroportos e estádios estejam atrasados, algumas decisões estão sendo tomadas", afirma. "Pode não ser com a qualidade que sonhamos, mas certamente a programação dos eventos é um elemento que contribui para os investimentos."

O desafio do atual governo, contudo, é manter as condições macroeconômicas para que o País não desafine e perca o ritmo dos negócios. "Olhamos para o futuro com cautela", diz José Otávio Carvalho, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), mesmo com a expectativa de crescimento de 70% da produção nos próximos quatro anos.

O chefe de pesquisa do BNDES, Fernando Puga, alerta que é preciso trabalhar pela estabilidade dos indicadores atuais para manter o otimismo dos empresários. Mas argumenta que há anos o Brasil não entrava com projetos de investimentos encorpados como agora.

"Há questões que preocupam, como o cenário externo para as empresas voltadas ao comércio exterior, mas o importante é que estamos na direção correta", diz Puga, lembrando que as enormes carências em infraestrutura no Brasil começaram a ser atendidas. Sarti, da Unicamp, lembra que marolas fazem parte da história brasileira e que o País já mudou de status. "As dores de crescimento são melhores que a tranquilidade da recessão", afirma ele.

A aposta da Duratex
Aproveitando o baixo endividamento e a oferta de crédito abundante, especialmente do BNDES, a Duratex, controlada pela Itaúsa, a holding que também é dona do Itaú Unibanco, vai investir R$ 1,2 bilhão nos próximos dois anos. Serão R$ 600 milhões por ano na ampliação e na modernização das unidades produtivas.

O principal investimento de 2010 foi a aquisição da empresa paraibana Elizabeth Louças Sanitárias, de João Pessoa, por R$ 80 milhões. Para 2011, a empresa vai concluir a transformação de uma fábrica de louças adquirida da Ideal Standard e deverá anunciar, em maio, a duplicação de sua capacidade instalada para produzir pisos laminados de madeira, hoje de 5 milhões de m² por ano para 10 milhões de m².

A justificativa para o investimento bilionário está na ponta da língua de Henri Penchas, presidente executivo da Duratex (à esq. na foto). Como pano de fundo aparecem as perspectivas de crescimento da economia brasileira para os próximos anos, puxadas pelos investimentos no setor de construção civil.

Já naturalmente aquecidos, os mercados em que a Duratex atua - chapas de madeira e louças e metais sanitários, produzidos com a marca Deca, deverão ser turbinados pelos preparativos para a Copa do Mundo, em 2014, e para os Jogos Olímpicos, de 2016. "A expectativa são de 20 mil quartos de hotel construídos ou renovados, e cada um deles vai precisar de torneiras e louças sanitárias novas", diz Penchas.

Além dos investimentos programados para até 2012, a Duratex participa do jogo com a musculatura reforçada pela incorporação, em 2008, da concorrente Satipel. "Foi um casamento perfeito em termos de linha de produtos", diz Penchas.

A maior parte da produção da Duratex eram placas de medium density fiberboard (MDF), ao passo que a Satipel concentrava-se no medium density particleboard (MDP). Ou seja, a Duratex produzia matérias-primas mais sofisticadas e a Satipel era forte nos itens mais baratos. "O MDF e o MDP são usados na construção e na indústria de móveis, e o fato de nos concentrarmos apenas em um deles nos fazia perder negócios", afirma Penchas.

O novo ciclo de investimentos encontra a Duratex num momento especial de sua história em termos de rentabilidade. Em 2010, a companhia lucrou R$ 470,8 milhões, mais de quatro vezes o resultado do ano anterior.

Não por acaso, o valor de mercado da Duratex explodiu em apenas dois anos: subiu de R$ 455 milhões, no final de 2008, para R$ 8,2 bilhões em dezembro de 2010. "O mercado reconheceu nossos avanços em eficiência e governança corporativa", diz Flávio Donatelli, vice-presidente financeiro (à dir.).

O Brasil no mapa da GE
Uma das maiores companhias do planeta, a General Eletric colocou o Brasil no topo da lista de seus planos globais de investimentos. A gigante americana anunciou este mês investimentos de US$ 550 milhões (quase R$ 1 bilhão) no País, para a construção de um centro de pesquisas dedicado a petróleo e gás na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, que entrará em operação dentro de dois anos.

A notícia foi dada pessoalmente à presidente Dilma Rousseff pelo presidente mundial da GE, Jeffrey Immelt, no Palácio do Planalto. Foi o primeiro encontro oficial de Dilma como chefe de Estado com um representante do setor empresarial. A meta é transformar o empreendimento na quinta maior plataforma de inovação em petróleo do mundo.

Todos os novos produtos desenvolvidos pela companhia receberão patentes registradas aqui. A ambição por conhecimento de ponta da GE se explica. Há seis meses, a multinacional investiu US$ 7 bilhões na aquisição de três empresas que operam no País nos setores de petróleo, gás e energia.

"Poucos mercados no mundo nos deixam tão otimistas quanto o Brasil", disse Immelt. Embora esteja presente no País desde 1919, este é o primeiro grande ciclo de investimentos da GE. Segundo Immelt, fã de carteirinha do Brasil, a companhia terá nos próximos anos foco especial nos setores energético e de saúde e tecnologia da informação. "O País se tornou essencial para a GE", afirmou o executivo.

O maior investimento do mundo
O caixa de R$ 93,7 bilhões para investir em 2011 já faz da Petrobras uma empresa de proporções superlativas. Trata-se de um valor equivalente a nove vezes o lucro do Bradesco, o maior banco privado nacional, em 2010 ou ainda 2,7 vezes o lucro da própria petroleira.

"É o maior investimento anual previsto por uma companhia no mundo", diz Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras. Praticamente metade desse total, ou 46%, será investida na produção e exploração de petróleo e gás.

A empresa intensificará a perfuração de poços tanto para extrair a matéria-prima como para a prospecção. Serão 20 em 2011, cinco vezes mais que a média anual dos últimos quatro anos.

"Temos hoje 16 bilhões de barris de petróleo de reserva aprovada, com um potencial de crescimento para 30 bilhões, e ainda muitas reservas já descobertas, que vão sendo confirmadas, em fase de incorporação", diz Barbassa.

Outra atividade que será privilegiada este ano é a área de abastecimento e refino, incluindo as obras para a conclusão da refinaria de Abreu Lima, em Pernambuco, que deve entrar em operação em 2012.

E, ainda, os investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que começa a operar em 2013. "Hoje produzimos mais petróleo do que podemos refinar e, então, precisamos de serviços no Exterior", afirma o diretor financeiro. A ideia é ganhar valor agregado em solo brasileiro ao beneficiar o petróleo em refinarias locais.

Diante de projetos ambiciosos, a estatal puxa também investimentos em toda a cadeia de petróleo. Um estaleiro consome investimentos de R$ 1 bilhão a R$ 3 bilhões, dependendo do porte.

Num encontro recente com empresários, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, chegou a incentivar a entrada de novos investidores na área. "Tenho três sugestões de investimentos no Brasil: façam estaleiros, façam estaleiros e façam estaleiros. Vamos precisar de muitos", disse ele. Hoje a Petrobras tem contrato com 37 estaleiros e há outros 13 em construção.

Os coreanos querem mais
Os coreanos da Hyundai, o maior conglomerado industrial da Coreia do Sul, finalmente decidiram mostrar a que vieram. No mercado automobilístico, a presença no País ganhou novo impulso com um recente anúncio de construção de uma fábrica de R$ 1 bilhão em Piracicaba, interior de São Paulo.

Essa será a primeira planta própria da montadora coreana na América do Sul. Já existe em operação em Anápolis (GO), desde 2007, uma fábrica de veículos da marca, mas a unidade pertence ao grupo Caoa, controlado pelo empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, que distribui seus carros no País.

Apesar da indiscutível força no segmento das quatro rodas, a companhia quer muito mais do que montar automóveis e utilitários no Brasil. A Hyundai Heavy Industries vai construir uma fábrica de retroescavadeiras e grandes equipamentos para a indústria da construção ainda este ano.

O mercado estima que o investimento inicial irá superar os US$ 300 milhões. A unidade será implantada no Rio de Janeiro, em local ainda não definido. "Onde houver oportunidades, estaremos observando de perto", diz Gi Seob Kim, o discreto presidente da Hyundai do Brasil, sem detalhar os investimentos.

Uma das áreas prioritárias seria agronegócio brasileiro. A empresa guarda a sete chaves suas estratégias para invadir o campo, mas não nega que é um setor muito sedutor.

Está negociando com os governos do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia a compra de dez mil hectares para plantar soja. O objetivo: exportar para a Coreia. A diversificação de negócios da Hyundai não é novidade para o grupo no mundo. Fora do Brasil, a empresa fabrica desde automóveis até elevadores e navios.

Na trilha da infraestrutura
Quando a primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançada, há cinco anos, ficou claro que o então governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha a intenção de transformar o País num canteiro de obras.

O plano era induzir o investimento privado tanto para áreas elementares, como a de saneamento básico, quanto para searas que ganharam importância na era da sustentabilidade, como a de energia renovável. Foi nesse contexto que o grupo Galvão decidiu se posicionar abrindo uma frente de negócios para aproveitar as oportunidades que começavam a aparecer.

A companhia tem entre seus sócios quatro herdeiros do conglomerado pernambucano Queiroz Galvão, que também atua em infraestrutura, em áreas como energia hidráulica e construção civil. Mas o foco da nova empresa era mesmo fincar sua bandeira em setores inexplorados.

Assim nasceram as companhias Cab Ambiental, de saneamento, e a Galvão Energia, de energia renovável. A Cab, que programa um investimento de R$ 1,5 bilhão até 2015, foi criada em meados de 2006, praticamente junto com o novo marco regulatório do saneamento básico, editado no início de 2007.

"O marco conseguiu estabelecer uma relação sã entre o setor público e as empresas privadas", diz Yves Besse, presidente da Cab, que emprega 600 funcionários e faturou R$ 100 milhões em 2010. Hoje a empresa conta com 13 contratos fechados com governos estaduais e municipais para tratamento de água e esgoto.

Já a Galvão Energia marca território num segmento que deve ganhar cada vez mais incentivos. A meta do governo brasileiro é reduzir, a partir de 2014, a produção de combustíveis fósseis para fortalecer a geração de energia renovável.

A Galvão acaba de finalizar a prospecção técnica da usina de energia eólica que será erguida na cidade de São Bento do Norte, no Rio Grande do Norte, e começará a contratar 500 pessoas para a construção de subestações de energia e as linhas regionais, que serão conectadas à rede nacional.

Serão 94 megawatts gerados, capazes de garantir energia para uma população de 250 mil habitantes, 70 vezes maior que o total de moradores de São Bento. O projeto vai consumir R$ 400 milhões.

"Mas temos em caixa outros R$ 2 bilhões para investir em novos projetos de energia eólica até 2017", diz Otávio Silveira, presidente da Galvão Energia. Segundo ele, a empresa tem capacidade para bancar a construção de novas usinas com capacidade total de geração de mais 600 megawatts, na região Nordeste.

Mais energia no horizonte
A empresa CPFL Energia tem investido sistematicamente na expansão da sua rede de geração e distribuição. Só no ano passado, foi R$ 1,85 bilhão, do qual R$ 800 milhões na usina hidrelétrica Foz de Chapecó, em Santa Catarina, onde a CPFL é sócia da geradora Furnas e da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE. Este ano, a previsão inicial é de um investimento de R$ 1,6 bilhão.

"É uma prévia, com boas chances de que seja mais do que isso", diz Gustavo Estrella, diretor de relações com investidores da companhia. A meta é dar prioridade à ampliação da rede de distribuição para atender à demanda crescente por energia, tanto industrial como residencial.

O aumento da renda dos brasileiros e a maior oferta de crédito no mercado ampliaram a venda de eletrodomésticos e, por consequência, o consumo energético. Só na região em que a CPFL atua como distribuidora, no interior de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e no Estado do Rio Grande do Sul, o consumo residencial por habitante cresceu de 563 kilowatts-hora (kwh) em 2004 para 709 kwh em 2010.

É um bom resultado, mas Estrella acredita que pode ser ainda melhor. "Se compararmos nosso consumo per capita com o de outros países, veremos que o Brasil tem muito a crescer", afirma. No Uruguai, por exemplo, o consumo per capita é de 888 kwh. Na Argentina, 709 kwh.

Em outra frente, a empresa planeja novos investimentos em fontes de geração de energia renovável, como as usinas eólicas. O plano é investir R$ 900 milhões até 2012 em 12 usinas do gênero no Rio Grande do Norte. A lista inclui, também, quatro usinas de energia de biomassa, que devem consumir R$ 600 milhões até 2012.

BNDES, O superbanco público
Cada vez mais turbinado para atender à necessidade de financiamento de longo prazo para a infraestrutura, o BNDES já concede 3,3 vezes mais crédito que o Banco Mundial (Bird).

Em 2010 foram US$ 96,32 bilhões em desembolsos do banco público brasileiro contra US$ 28,85 bilhões do Bird. Hoje o banco tem uma participação de quase 20% sobre o total de investimentos no País, principalmente para o setor industrial - o BNDES não financia a construção civil.

O caixa disponível para 2011 é de R$ 145 bilhões, um pouco menos do que no ano passado (R$ 168,4 bilhões), numa tentativa de reduzir a dependência do setor privado para o dinheiro barato com juros subsidiados do banco.

Um dos programas que serão atingidos é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), voltado ao financiamento de máquinas e equipamentos. Para atingir a meta de desembolsos, o BNDES recebeu um novo aporte do Tesouro este mês, de R$ 55 bilhões. A medida foi duramente criticada por economistas que veem nesse movimento uma contradição do governo diante do compromisso de refrear a inflação.

Fonte: IstoÉ
 
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